terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Saudades da Estrada

Agora, nesse dia que me invade
acordo na cidade, recomposto
levanto, vou vagar com meu desgosto
pra ver se esqueço o gosto da saudade

Há tempos outro dia me invadiu
deixei a luz entrar pela janela
mas hoje, sob a chama de uma vela
a luz dura o tamanho do pavil

Procuro algo que possa queimar
inflamo a velha chama do meu peito
apático, o covil que foi desfeito
em brasas, já não pode me abrigar

Eu tento reviver as horas mortas
sonhar o sonho de outra temporada
mas negam-me o retorno nessa estrada
Silêncio! Que o futuro bate à porta

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