quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Ilusionista

- Poema para o Carlos


Eis o Ilusionista - forjador de espelhos, chaveiro das portas sem trinco
Artíficie do sorriso das muralhas: arqueadas com dentes de pedra.
Suas cicatrizes de batalha - escrituras da história do rei, do príncipe pobre
No trono de nuvens. Correndo entre as estrelas, guarda-luzes do céu
Tem lampiões nos olhos, vaga-lumes bêbados nos bolsos, isqueiros vivos!
Seus pés gigantes, barcas navegantes de um qualquer mar distante
Qualquer rio de vidro entre os desertos cínicos da areia humana.
Das viagens que contas, quantas entre tantas, são só sonhos são só sonhos
Tira lampejos das sombras, torce ponteiros e brinca que é sempre cedo pro sono.
Já viu a noite caída? Já viu a lua perder-se e toda a cidade acordando...?
Já viu o filho chorando? Já viu o inverno das rosas e o outonar das cores?
Quando o trem uivou distante você deitou no trilho... Mas as rodas poçantes
te vendo rendido alçaram vôo e o trem-foguete foi às nuvens, hoje é estrela!
Mago iniciado na dor, mestre de amor, mímico hábil. Amigo do vagabundo,
amante silencioso, coração frágil. Alta torre! Quando a noite embriaga
os ossos e nenhum passo é possível na treva, diviso as fogueiras verdes
ardendo na doce capela e sei do destino que quero e sinto que é belo o caminho...

2 comentários:

  1. Sempre passo por aqui e leio seus escritos!!!
    gosto...me alimento..
    abraços ....
    tati

    ResponderExcluir
  2. ae meu ermao de fé camarada
    rararara(risada do roberto carlos xD)
    só uma coisa sobre esse treco que vc chama de poesia...ta bonzinho
    shahshahshsa
    te amo maninho e volta logo que estarei te esperando em qualquer esquina enbreagado
    bjao vagal

    ResponderExcluir