quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O que diz a razão

Nessa busca insensata
da magia de viver
vi quão racional eu era
de sempre só fazer
entre tudo que se pode
aquilo que me dá prazer

São eu sei que sou
os loucos são vocês

Me diz o que há de insano
em ter 17 anos
crer na revolução
beijar a boca da vida
e querer matar meu patrão
Não há nada de loucura
em tentar afrouxar os laços
da nossa vida tão dura

ainda juram, meus amigos
que há algo errado comigo

Mas o que devo fazer:
me furar com uma agulha
e ir gotejando
enquanto o tempo vai passando
e a morte faminta lambe
cada gota do meu sangue?

Esquece! Eu não consigo
tornar-me morto-vivo!

Sobre esse peito
repouso minhas mãos
e sinto o pulsar
do meu coração
o ar do pulmão
me rasga a garganta
agora vos digo
escutem meu grito

Eu não consigo
tornar-me morto-vivo!

Chamam de loucura
amar a poesia
e seguí-la por filosofia
mas não se esquece a liberdade
que um verso te deu um dia

Vamos de peito largo
na contramão da histeria
tecendo a vida, lado a lado
emergindo desse lago
de água falsa, velha e fria

Antes explodir
que morrer de asfixia!

Um comentário:

  1. é cara a história ainda nao acabou!
    viveremos pela liberdade
    e cresceremos nao apenas para morrer!
    abraços
    DION An Tans!

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