quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Vingança

Essa noite me vinguei de ti
por todas as vezes que invadiste meus sonhos
que roubaste meu sono
que me arrancaste da cama arfante
que me acordaste bem antes do sol nascer
mesmo sem saber, mesmo sem querer
tantas vezes tornaste mais lírico o vil descanso
trouxeste acalanto a meu mundo onírico

Mas não hoje,
viu que me deitei contigo e acordei distante?
Essa noite invadi sua noite
entrei no seu quarto, na sua cama, sob seus lençóis
entrei no seu corpo, acariciei teu rosto
beijei teu pescoço e além
deslizei mais um pouco, derreti na sua boca
mas desfeito, sumi...

Agora aí parada na cama bagunçada
tenta remontar as imagens dissipadas
do sonho que tivera ainda pouco
o mais etéreo encontro
onde um poeta vindo do outro lado da cidade
lhe fazia companhia numa fria madrugada
quando fora abandonada, totalmente solitária
na prisão da realidade
Agora fica aí, sonhando acordada

Então acorda minha querida estou chegando
a saudade vai-se embora
a dor já da por despedida
outro dia vem raiando, estou chegando
então sorria
não podemos viver só de sonho
mas sei que posso ser um sonho em sua vida

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